(Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão)
Ai que saudade do luar da minha terra Lá na serra branqueando folha seca pelo chão Este luar cá da cidade é tão escuro Não tem aquela saudade do luar do meu sertão
Não há, ó gente, ó não Luar como este do sertão Não há, ó gente, ó não Luar como este do sertão
(Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão)
Se a lua nasce por detrás da verde mata Mais parece um sol de prata prateando a solidão E a gente pega na viola que ponteia A canção e a lua cheia no bater do coração
(Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão)
Coisa mais bela neste mundo não existe Do que ver um galo triste no sertão se faz luar Parece até que a alma da lua é que descanta Escondida na garganta deste galo a soluçar
Não há, ó gente, ó não Luar como este do sertão (Não há, ó gente, ó não Luar como este do sertão)
Ai quem me dera que eu morresse lá na serra Abraçando minha terra e dormindo de uma vez Ser enterrado numa cova pequenina Onde a tarde a suruina chora a sua viuvez
(Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão)
Compositor: Catulo da Paixao Cearence (Catulo da Paixao) ECAD: Obra #2013726 Fonograma #568893