Minnesang*
Oh, com prazer ele vos mostraria
Do mundo e como ele o vê,
Mas como ele pode falar de algo,
Do qual não entende absolutamente nada?
Com prazer ele vos cantaria
Do amor que a tudo se entrelaça,
Porém só sobra o triste lamento,
Pois ele não vivenciou um único dia.
Com prazer ele vos elogiaria
Da liberdade da sorte eterna,
Mas esticaram-se sua própria corrente
Mentiram-o a cada passo.
A vida dele é bem protegida
E ela lhe dá oportunidade,
Sofrendo deita-se na escuridão,
Cuidando apenas da tristeza.
Minnesang*, oh Minnesang,
Nossas nádegas são gordas, nosso nariz, longo.
De nada retrata esta canção,
Pois a ingenuidade não dá ordens.
De todas as melodias ele tinha
Escolhido para ser a mais triste,
Pois ela tanto igualava a seu ser
E o imenso sofrimento, que o maltratava.
Uma lenda de monstros e fadas,
Sim, de pagões e magos,
De determinação, acaso e de milagres
E aquele que dorme, e que no fim acorda.
Sim, tudo isto está escrito no livro,
Que se chama "Destino",
E, apesar de há tempos ter sido envenenado,
Seu fim, aqui, ninguém conhece.
Um livro que se veste em silêncio,
No qual, em suas linhas, nasci durante a leitura,
Para que as curiosas mãos que o folhearem
Não devam ver mais do que páginas vazias.
Minnesang, Oh Minnesang,
Quando o fim aproxima-se,
Nos cresce o terrível medo.
De nada retrata esta canção,
Pois a ingenuidade não dá ordens.
*: Minnesang são cantores da idade média que saíam de cidade em cidade cantando e contando histórias.
Minnesang
Oh, wie gern' würd' er Euch kunden
Von der Welt und wie er sie sieht,
Doch wie könnte von etwas er sprechen,
Von dem er absolut nichts versteht?!
Wie gern' würd' er Euch singen
Von der Liebe, die alles durchwebt,
Doch ihm bleibt nur die traurige Klage,
Denn noch keinen Tag hat er's erlebt.
Ach, wie gern' würd' er Euch preisen
Von der Freiheit unendlichem Glück,
Doch straften dann seine eig'nen Ketten
Ihn Lügen bei jedem Schritt.
Gar wohlbehutet ist sein Leben,
Und dies gibt ihm die Möglichkeit,
Leidend im Dunkel langzuliegen,
Pflegend nur die Traurigkeit.
Minnesang, oh Minnesang,
Unser Arsch ist fett, uns're Nase lang.
Von gar nichts handelt dieses Lied,
Da Einfalt nun mal nichts gebiert.
Von allen Melodien hat er
Die traurigste für sich erwählt,
Denn sie gleicht so sehr seinem Wesen
Und dem maßlosen Leid, das ihn quält.
Eine Sage von Monstern und Feen,
Ja, von Heiden auch und Zauberkraft,
Von Bestimmung, von Zufall und Wundern
Und dem Schläfer, der am End' erwacht.
Ja, all dies steht geschrieben schon in dem Buch,
Das man Schicksal nennt,
Und obgleich schon vor Zeiten ersonnen,
Seinen Ausgang hier doch niemand kennt.
Ein Buch, das sich in Schweigen hüllt,
Seine Zeilen beim Lesen erst entstehen,
Damit die neugierig blätternd' Hand
Nichts als leere Seiten soll seh'n.
Minnesang, oh Minnesang,
Wenn das Ende naht,
Wird's uns doch schrecklich bang.
Von gar nichts handelt dieses Lied,
Weil Einfalt nun mal nichts gebiert.
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