Batidas bandidas do meu coração Excitam vampiras, vadias em promoção A carne barata no mercado custa os olhos do pelado Que foge calado, sem poder enxergar As pegadas que encontrei, são tuas Os rastros que deixei, são ruas pra me achar As palavras que ficaram escritas foram, vistas, lidas e jogadas ao mar Mas agüento o desprezo por ser um rebelde Preso em conclusões absurdas Do qual tua língua muda nunca quis falar As pegadas que encontrei, são tuas Os rastros que deixei, são ruas pra me achar! As palavras que ficaram escritas foram, vistas, lidas e jogadas ao mar Mas agüento o desprezo de ser um rebelde Preso em conclusões absurdas Do qual tua língua muda nunca quis falar
Estavas nua em devaneios de embriagueis E quem quiser ver que veja o Esmalte vermelho em unhas curtas Pobres prostitutas, esperando a noite que nunca vai passar Buscando angariar na insanidade as verdades e mentiras do absurdo E Talvez eu sofra a alforria de minha cultura bruta Que compara putas de santa tecla Com as realidades de uma poesia suja e encoberta Apesar de a noite me oferecer todas as drogas do mundo Vivo um instante de lucidez E conviver no contraste de ser poeta e burguês Em uma nação de miséria que busca na mesma artéria As razões da sobriedade Estou afogado em um mar de línguas mudas Estou distante de minhas ideias Eu não suportei a vanguarda Estou banhado em magoas que minha poesia traduz e em minha face reluz o ridículo o perigo de conclusões absurdas
Compositor: Sulimar Fonseca de Souza (Sulimar Rass) ECAD: Obra #20600481 Fonograma #11591557