O rodeio Pena Branca Pra vocês eu vou falar É um circo de tourada Que dá gosto apreciar Ele tem um espetáculo Faz a gente admirar Seus toureiros são de classe Tem arte pra apresentar Os meninos viram rolo Gauchinho e Manolo Faz a plateia vibrar
Na cidade que eles chegam E começam trabalhar A fama da rapaziada Já começa a esparramar Além da bela tourada Que eles sabem apresentar Tem um tal boi Meia-Noite Amestrado pra pular Esse boi é um assombro Até hoje no seu lombo Ninguém conseguiu parar
Em Santa Cruz das Palmeiras Numa noite de função Lá chegou um fazendeiro O mais rico da região Dizendo que na fazenda Ele tinha um peão Um gaúcho destemido Que ele trouxe de Brejão Se quiser topar parada Nos pés do meu camarada Eu aposto dez milhão
Combinaram a montaria Na frente da multidão O fazendeiro apostava Por fora mais dez milhão O gaúcho entrou na arena Demonstrando que era bão Cortar o boi na espora Era a sua intenção Mas o boi virou um cabrito O peão virou um pirulito E se esborrachou no chão
Pro fazendeiro arrogante Foi uma decepção Na hora do pagamento Ele criou confusão Seu Tonico foi dizendo Com muita educação Pode guardar seu dinheiro Não preciso disso não Só uma coisa lhe digo Pro Meia-Noite, meu amigo Ainda não nasceu peão
Compositor: Francisco Gottardi (Sulino) ECAD: Obra #943135 Fonograma #10486880