Sulino e Marrueiro

Chão Caboclo

Sulino e Marrueiro


Chão caboclo, chão vermelho
Como o sangue sertanejo
Do caboclo brasileiro
Chão que nunca está cansado

Que está sempre preparado
Pra dar pão ao mundo inteiro
Chão que tem da natureza
Fartura e tanta riqueza

Que a ninguém nunca negou
Eu ando até desconfiado
Que os pés de Deus abençoado
Um dia já lhe pisou

Chão caboclo, chão pisado
Pelas patas desse gado
Que você cria pra nação
Nação que não nega a vida

Pra quem busca uma guarida
Em sua vida, meu chão
Chão caboclo tem invernada
Que também tem passarada

Mata virgem e plantação
Aqui dentro do meu peito
Um saúdo que foi feito
Num pedaço desse chão

Eu andei pela cidade
Mas vencido na saudade
Voltei aqui pra ficar
Ouvir a orquestra da mata

Numa linda serenata
Da passarada a cantar
E neste meu chão caboclo
Envelhecer pouco a pouco

Sem sentir o peso dos anos
Pois quem tem no campo a lida
Sempre chega ao fim da vida
Sem nunca ter desengano

Chão caboclo brasileiro
Quando o dia derradeiro
De minha vida chegar
Quero dormir sossegado

Num abraço apertado
Em teu seio repousar
E no descanso infinito
Do teu seio, chão bendito

No meu sono verdadeiro
Ser velado e serenata
Pelos passos de suas matas
Chão caboclo brasileiro

Compositor: Francisco Gottardi (Sulino)
ECAD: Obra #15905 Fonograma #12676872

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Sulino e Marrueiro no Vagalume.FM

Mais tocadas de Sulino e Marrueiro

ESTAÇÕES
ARTISTAS RELACIONADOS