Eu conheço um certo alguém Nós se parece de fato Tem gente que até se engana Quando vê nosso retrato
Só que ele é malandro Mais arisco que um gato Certo dia ele entrou Num restaurante barato
Comeu e bebeu bastante E já foi saindo a jato Parece que por castigo Naquele momento exato
Por ali eu fui passando Sem saber desse boato E naquele restaurante Eu fui entrando de gaiato A polícia me prendeu E eu fui pagar o pato, ai, ai
Trabalhei um mês inteiro Por eu ser muito esforçado Comendo marmita fria Pra guardar alguns trocado
Trabalhava dia e noite Meu serviço era pesado O pilantra passeava Pela rua sossegado
No dia do pagamento Eu fiquei adoentado Ele foi no meu emprego Recebeu meu ordenado
Quando eu fui pra receber Deu um bafafá danado Chamaro a rádio patrulha E veio um bando de soldado Eu dei coro na polícia Fui ver o sol nascer quadrado, ai, ai
No dia que ele casou Convidou a multidão Eu passeava bem folgado Na avenida São João
Eu mexi com uma dona Foi aquela confusão A polícia veio em cima Eu saí num carreirão
E na casa do pilantra Tava bonita a função Eu entrei e fui dançar Com a noiva no salão
A polícia pegou ele E foi dando pescoção Nesse dia eu me vinguei Desse malandro embruião Eu que fiz lua de mel Ele dormiu na prisão, ai, ai
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Francisco Gottardi (Sulino), Moacyr dos Santos ECAD: Obra #938623