Sulino e Marrueiro
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Joãozinho do Sobrado

Sulino e Marrueiro


Seu Armando é um homem rico
É um fazendeiro abastado
Tem lavouras de café
E forte criação de gado

Julieta é filha única
É bonita, é delicada
Mas sua mãe não consente
Que ela arranje namorado
Assim mesmo ela namora
O Joãozinho do sobrado

Joãozinho é rapaz galante
É ativo, é delicado
Mas é de família pobre
Ele vive de empregado

Seu Armando quer que a filha
Case com o doutor Machado
Mas ela quer o Joãozinho
Nada de doutor formado
A Julieta sofre muito
E Joãozinho sofre dobrado

No dia oito de agosto
No baile de um batizado
A Julieta e o Joãozinho
Tavam num banco assentado

Joãozinho virou e disse
Julieta, eu vivo enganado
Eu sei que não te mereço
Sou um pobre desventurado
Lágrimas correu dos olhos
Do pobre moço, coitado

O doutor o seu rival
Aproximando do seu lado
Olhou bem para Julieta
Mostrando ser ciumado

Julieta se alevantou
E saíram de braço dado
Foram dançar uma mazurca
Num requebradão danado
Joãozinho ficou sozinho
Dando suspiro cortado

Joãozinho se alevantou ai, ai
Julgando ser desprezado

Joãozinho se alevantou
Julgando ser desprezado
Arriou a sua besta
Com seu arreio chapeado

Quando tava de saída
Recebeu este recado
Julieta tá te esperando
Lá no portão do cercado
Jogou ela na garupa
E hoje em dia são casado

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Francisco Gottardi (Sulino), Joao Rosante (Marrueiro)
ECAD: Obra #937003 Fonograma #3284066

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