Eu soube de uma noticia Que eu fiquei impressionado Na hora que me contaram Meu corpo ficou arrepiado Lá pras bandas de andradina
Que este fato foi se dado Um peão lá da fazenda Do doutor bento machado Três dias depois de morto Que tinha sido enterrado Voltou cumprir um juramento Que em vida tinha jurado
Francelino era seu nome Um peão muito afamado Pagão que ele não amansasse Nunca tinha encontrado Mais tudo que tem no mundo Tem seu destino marcado Ele foi amansar um potro Que o patrão tinha mandado Mal sabia o pobre peão Que seu dia era chegado Caiu do lombo do potro E pro chão foi arrastado
Quando os companheiros viram Correram acudir o peão Mas já era muito tarde Não tinha mais salvação Ele estava agonizando Ainda jurou pro patrão Nem que for depois de morto Eu amanso esse pagão Quando foi dali a pouco Já estava no caixão Pra depois ser enterrado Debaixo do frio chão
Depois que passou três dias A fazenda se abalou Regulava meia noite Quando o tal peão voltou Pra montar no criminoso Que sua vida tirou Com o barulho na mangueira O povo se levantou Ficaram todos assombrados De ver o potro pulador Gemendo que nem leão Na espora do adomador
Depois de pular bastante O tal potro se entregou E no meio da mangueira De cansado ele deitou Nessa hora o peão fantasma Dali se arretirou O povo todo assombrado Suas orações rezou Nessa hora se alembraram Que o francelino jurou Que amansava o criminoso Ele veio e amansou
Compositores: Francisco Gottardi (Sulino), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) ECAD: Obra #938587 Fonograma #17310740