Conheço um valente lá da minha terra E diz que não erra um golpe de adaga Que ataca o lagarto na boca da toca Que briga e provoca quando se embriaga Diz que quebra a pedra e destrói montanha E que não apanha nas brigas que faz Duelar comigo me fez a proposta Lá vai a resposta de volta pra trás Mandei afiar minha adaga de "S" Dessas que estremece num pulso do macho E vou te mostrar que eu entendo da esgrima Destorço por cima te corto por baixo
Marca o dia e à hora e o lugar da briga Não enche a barriga com as tuas cachaça Faremos à luta de homem perfeito Na raça e no peito, no peito e na raça Leva a tua adaga que eu levo a minha E a nossa rinha pode ser à tarde Não quero bebida agora te conto Se eu bater num tonto passo por covarde Tu vai conhecer o que tu não conhece A adaga de "S" sempre me consagra Vou dar-te uma surra mostrar que eu sou guapo E operar o papo deste "vaca magra"
Se eu perder a briga não volto pra casa Aí tu me arrasa a vergonha da cara Mas se eu ganhar como tudo requer A minha mulher vai te surrar de vara Também vou chamar a tua chinoca Pra ver as pipocas da adaga que arromba Com esta coitada até te abandona Não vai ser mais dona de um cara que tomba Depois minha adaga vou por na parede Me deito na rede e o dia amanhece Esqueça de mim jamais me aborreça Só nunca te esqueça da adaga de "S".
Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha) ECAD: Obra #1794302 Fonograma #1429139