Eu sai de Passo Fundo com fama de trovador Nos lugares onde chego procuro competidor Desafio quem quiser se me aparecer mulher Roubo o perfume da flor
Sou moça da parte fraca, mas verso bonito eu mato Sou fronteirista bajeenses e na trova eu desacato Conheço um bicho peludo, mas por ser muito papudo Eu deixei de criar pato
Tu deixou de criar pato não perguntei gauchinha Dou de facão em barbado em mulher dou de bainha Deixei de plantar repolho e por causa do piolho Deixei de criar galinha
Deixou de criar galinha tu merecia uma vaia Depois sair apertado na boca de uma lacraia O povo hoje vai ver eu daqui botar a correr Um frango de minissaia
Um frango de minissaia canta bonito e seduz Eu fui na tua terra e fiz o sinal da cruz Lá as galinha dão leite, as vacas toma sorvete E põe ovo de avestruz
E põe covo de avestruz na minha terra tu foi E o povo da tua terra espero que me perdoe Lá tu berra que nem vaca machado é ponta de faca E palito é chifre de boi
Palito é chifre de boi espoleta é dinamite E folha de mamoneiro na tua terra é radite Palito é interessante cada tromba de elefante Que faz perder o apetite
Que faz perder o apetite não ofendas mais ninguém Pois em matéria de trova tu já me conhece bem Papagaio é lobisomem e tu é daqueles homem Que nem ceroula não tem
Que nem ceroula não tem isto até um desaforo Eu sempre andei prevenido e a minha faca é um estouro Juro por uma cebola seu não tivesse ceroula Eu fazia do teu couro
Tu fazias do meu couro São Paulo que bem te quer Lá na Praça da Republica eu falo pra quem quiser O Teixeirinha é peitudo namorou um cabeludo Pensando que era mulher
Pensando que era mulher fiasco maior tu fez Lá em São Paulo um mineiro comprou um bonde uma vez E a Mary com mais dinheiro comprou o bonde do mineiro Em abril primeiro do mês
Em abril primeiro do mês lá na terra do café O teu fiasco é maior que me fez perder a fé Se encontrou com um vigarista pagou três milhões a vista Lá pela Praça da Sé
Lá pela Praça da Sé tem outros mais palhação Eu tornei vender a vista e peguei sete milhões Lá pela Praça da Sé eu vendi pro seu mané O trouxa do teu irmão
O trouxa do meu irmão pobre coitado é vovó Eu também vendi meu bonde pra uma velha carijó Eu te dizer aonde e pra quem vendi meu bonde Foi pra trouxa da tua avó
Não podemos destruir a nossa grande amizade Teu irmão e minha avó que façam uma sociedade Aproveitando o ensejo vamos se associar num beijo Isto é bom barbaridade
Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha) ECAD: Obra #41735 Fonograma #28300456