Ai, ai meu Deus quando eu não mais cantar Não viajar pela querência a fora Não ver os campos e as verdes matas Tenho certeza que os meus olhos choram Não ouvir mais cantar os passarinhos Desafiando o poeta que sou //:Vão me encontrar morrendo sozinho Pobre poeta que o tempo apagou:// Agora eu vejo este tapete verde Campos que acolhe a boiada pastando Estas estradas que não tem mais fim Este poeta percorre viajando Quando a velhice branquear meus cabelos As minhas forças chegarão ao fim //:Os campos verdes não poder mais vê-los Lá na cidade o que será de mim:// Quando eu não ver uma roça plantada Rios e riachos que correm do pago Ver a poeira levantar da estrada E uma chinoca me fazendo afago Podem contar que eu estarei morrendo Na minha casa dentro da cidade //:A vida é curta eu estarei dizendo Ai, ai, meu Deus como dói a saudade:// Hoje sou novo , amanhã sou velho Depois de velho se perde a paciência Se eu poder me agarro num bastão Vou me arrastando ver minha querência Aí, então, respondo pro destino Quando eu morrer me enterre num campestre /:Tomba um poeta que já foi menino Sentindo cheiro da mata solvestre://
Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha) ECAD: Obra #59488 Fonograma #1034410