Nestes versos tão singelos Minha bela, meu amor Pra você quero contar O meu sofrer e a minha dor Eu sou como um sabiá Quando canta é só tristeza Desde o galho onde ele está (Eu sou como um sabiá Quando canta é só tristeza Desde o galho onde ele está)
Nesta viola Eu canto e gemo de verdade Cada toada Representa uma saudade
Eu nasci naquela serra Num ranchinho a beira chão Tudo cheio de buraco Onde a Lua faz clarão Quando chega a madrugada Lá no mata a passarada Principia o barulhão (Quando chega a madrugada Lá no mata a passarada Principia o barulhão)
Nesta viola Eu canto e gemo de verdade Cada toada Representa uma saudade
Lá no mato tudo é triste Desde o jeito de falar Quando risco na viola Dá vontade de chorar Não tem um que cante alegre Todos vivem padecendo Cantando pra aliviar (Não tem um que cante alegre Todos vivem padecendo Cantando pra aliviar)
Nesta viola Eu canto e gemo de verdade Cada toada Representa uma saudade
Vou parar com minha viola Já não posso mais cantar Pois o Jeca quando canta Tem vontade de chorar É o choro que vai caindo Devagar vai se sumindo Como as águas vai pro mar (É o choro que vai caindo Devagar vai se sumindo Como as águas vai pro mar)
Nesta viola Eu canto e gemo de verdade Cada toada Representa uma saudade
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositor: Angelino de Oliveira (Tasso de Oliveira) ECAD: Obra #2361 Fonograma #1035523