Vida e Morte Entonce, um dia destes Lhes conto a pura verdade Encontrei com a dita cuja Tal morte barbaridade A pressĂŁo subiu pra riba No coração da saudade Faltou-me a respiração Puxa que dificuldade Na estĂąncia grande da vida Lutei com a morte atrevida Que me ordenava a partida Pro campo da eternidade A las fresca, me vi mal Embora, eu tenha bravura Ă uma luta desigual Com a morte a peleia Ă© dura A Mary pulou na briga E apelou pra tal de cura Me deu um tal valium 5 E um chĂĄ de salsa pura Me deu mais cinco de novo A morte afrouxou o retovo Mas, quase o cantor do povo Se guasqueou pra sepultura Oiga-lhe, peleia braba Quase que levei um corte A Mary ligou o carro E pro doutor fui de transporte Seringou um pano em um relĂłgio E apertou o meu braço forte Me disse, Ă© 13 8 Ganhaste a briga por sorte Mary, grande companheira FĂĄtima, minha padroeira Foram bravas na trincheira E a vida venceu a morte E o que eu pensava na hora Quando a morte me queria Os filhos, jĂĄ estĂŁo criados Mas, somente a maioria Ainda tem dois menores Um guri e uma guria A Liane com quatro aninhos De mim mais precisaria Dos meus filhos eu sou amigo Por isso, morte eu te digo Se eu me mandasse contigo Era baita a covardia Caramba, que coisa triste Ă morrer no fim do outono E um guasca ter que deixar Os filhos no abandono Bem diz o velho ditado "Que a morte Ă© china sem dono" Se, guasqueou-se pro meu lado Quis me derrubar do trono Olha, povo que me ama Se eu nĂŁo sou peixe de escama Ia com ela pra cama E dormia o Ășltimo sono XĂŽ mico, que dĂł da Mary Depois que tudo passou Abriu um grande sorriso E de alegria chorou Eu li o seu pensamento Mais tarde ela me falou Se na hora eu nĂŁo chorei Porque bagĂ©ense eu sou Pra Mary eu vi quanto eu custo Macho, bonito, robusto A morte nos deu um susto Queria, mas, nĂŁo levou
Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha) ECAD: Obra #1797660 Fonograma #1429514
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