Zé Pereira era cabra arretado sim sinhô Hôme pai de sete filho, um rapaz trabalhadô Largô tudo na sua vida inté uma mulé de bem Foi simbora pra Sum Paulo: "Lá eu sei que emprego tem"
E chegando lá em Sampa não sabia o que fazer Quando olhou pra multidão no Terminal do Tietê Muitas classes diferentes, muitos níveis sociais Teve mesmo que ficar, pois voltar não dava mais Foi ralando noite e dia que o homem se de bem De servente de pedreiro até cobrador de trem, Mas tirou a sorte grande quando sem querer um dia A conselho de Antônio apostou na loteria Zé Pereira ficou rico, pois ganhou muito dinheiro Comprou uma pá de coisa e viajou o mundo inteiro Se esqueceu de sua família, dos amigos, da raiz De Deus também se esqueceu...
Oh! Zé Pereira... Deixe de fazer besteira, Zé Pereira Oh! Zé Pereira...
Num almoço de negócios se engasgou com o caviar e as ovas dos peixinhos nem sei onde foi parar Zé Pereira adoeceu e acabou ficando mal Então chamaram uma ambulância e ele foi para o hospital Foi então que se lembrou que ainda tinha uma família mandou chamar a sua esposa, os filhos e a sogra D. Emília "Oh meu Deus cê me disculpa, os pecado que eu faltei Hoje tô arrependido agora sei que eu errei" Como o filho que ele viu que um dia foi depois voltou Deus de novo o touxe à vida e Zé Pereira se curou Dividiu o seu dinheiro e homem bom ele virou Hoje leva a vida aos outros vive falando de amor
Oh! Zé Pereira... Vê se não marca mais bobeira Zé Pereira Oh! Zé Pereira...
Compositor: Marcelo Machado Vigorito (Tchelao) ECAD: Obra #1304553 Fonograma #1267938