As flores quando é de manha cedo, com seu perfume no ar, exala A madeira quando está bem seca, deixando no sol bem quente, estala Dois baianos brigando de facão sai fogo quando o aço, resbala Os namoros de antigamente, se espiava por um buraco na sala
As pessoas que são muda e surda, é por meio de sinal que fala Os granfinos de antigamente, quase que todos usavam bengalas A mochila do peão é um saco, a coberta do peão é o pala Os casamentos da roça tem festa, ocasião que o pobre se arregala
Preste atenção que o reio doe mais, é aonde ele pega a tala Divisa de terra antigamente, não usava cerca era vala Naturalmente um bom jogador, todo jogo ele está na escala Uma flor é diferente da outra, pro cuitelo seu valor iguala
Caipira pode estar bem vestido, ele não entra em baile de gala Pra carregar o fuzil tem pente, garrucha e o revolver tem bala O valentão está arrastando a asa, mais quando vê a polícia cala Despista e sai devagarinho, quando quebra a esquina e abre ala
Pra fazer viagem a bagagem, geralmente o que se usa é mala A baiana pra fazer cocada primeiramente o coco se rala No papel o turco faz rabisco e diz que escreveu abdala Quem for morto atropelado na estrada, por respeito uma cruz assinala
Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho) (SBACEM), Oscar TirolaEditor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)ECAD verificado obra #51359 e fonograma #118220 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM