Tião Carreiro e Pardinho

Pagode do Alâ

Tião Carreiro e Pardinho


Pagode alâ

As flores quando é de manha cedo, com seu perfume no ar, exala
A madeira quando está bem seca, deixando no sol bem quente, estala
Dois baianos brigando de facão sai fogo quando o aço, resbala
Os namoros de antigamente, se espiava por um buraco na sala


As pessoas que são muda e surda, é por meio de sinal que fala
Os granfinos de antigamente, quase que todos usavam bengalas
A mochila do peão é um saco, a coberta do peão é o pala
Os casamentos da roça tem festa, ocasião que o pobre se arregala


Preste atenção que o reio doe mais, é aonde ele pega a tala
Divisa de terra antigamente, não usava cerca era vala
Naturalmente um bom jogador, todo jogo ele está na escala
Uma flor é diferente da outra, pro cuitelo seu valor iguala


Caipira pode estar bem vestido, ele não entra em baile de gala
Pra carregar o fuzil tem pente, garrucha e o revolver tem bala
O valentão está arrastando a asa, mais quando vê a polícia cala
Despista e sai devagarinho, quando quebra a esquina e abre ala


Pra fazer viagem a bagagem, geralmente o que se usa é mala
A baiana pra fazer cocada primeiramente o coco se rala
No papel o turco faz rabisco e diz que escreveu abdala
Quem for morto atropelado na estrada, por respeito uma cruz assinala
Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho) (SBACEM), Oscar TirolaEditor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)ECAD verificado obra #51359 e fonograma #118220 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM

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