Declamando: Puxe a cadeira seu moço, Sente aqui um bocadinho, Vô contá o que significa Aquela cruiz do caminho.
Seu moço essa cruiz tá fincada, Naquele pedaço de chão Há tempo foi enterrado, O Zico da Conceição.
Seu moço todas as história Cuntece por causa do amor, Mas esta é bem diferente Num tem muiê não sinhô.
O Zico da Conceição Cantadô i bão violero, E tinha a vóis mais bunita Fazia a gente chorá.
Cantado: Um dia o pobre coitado, Sentiu-se muito doente Daí então desandô A imagrecê de repente, Assim ficô muito fraco Já nem podia cantá Saiu um dia de casa, Foi o doutô percurá.
I tudo aqui sentiu farta, Daquela tão linda vóiz, Daquela moda bunita, Que ele cantava prá nóis.
E o doutô disse prele, Seu Zico da Conceição Tenha pacência rapais, Vancê tá ruim dos purmão.
O rapais veio simbora, Tristonho sem esperança, Parô naquele lugá, Chorano qui nem criança, Assim o pobre coitado, Não resistiu tanta dor, Rancô da sua garrucha, E mermo ali se matô. Com ele foi interrado, Sua viola de pinho, Aqui termina a história, Daquela cruiz do caminho.
Compositores: Anacleto Rosas Junior (Anacleto Rosas) (UBC), Arlindo Pinto dos Santos (Arlindo Pinto) (UBC)Publicado em 2015 (30/Dez) e lançado em 2013 (10/Jan)ECAD verificado obra #3499856 e fonograma #12021206 em 28/Out/2024 com dados da UBEM