Vou dizer cantando toda a minha história Sofrimento e glória e alegria e dor Sou que nem abelha que em constante lida Pra ganhar a vida vai de flor em flor
Nasci na barraca e desde menino Foi o meu destino sempre a viajá O artista de circo é como neblina Que estando no espaço ninguém lhe domina E vai para onde o vento levá
Se estou no trapézio arriscando a sorte Enfrentando a morte pra ganhar o pão E lá das artura se aplauso eu mereço Sorrindo agradeço acenando a mão
Quando estou no drama que a platéia chora Eles ignora que tudo é ilusão O meu próprio drama eu nunca revelo Sinto a dor no peito bater em duelo No cenário triste do meu coração
Para o bom artista o circo é seu mundo De cada segundo tem nova emoção Só aquele recanto coberto de pano Sabe o desengano do meu coração
Todas às vez que eu entro para o picadeiro Vejo o circo inteiro me admirá Porém ao contrário a realidade Muitas vez sorrindo quando na verdade Sinto no meu peito o coração chorá
De aventureiro sei que arguém me chama Porém essa fama não mereço não Todos que assim dizem não sabe direito Que dentro do peito tenho eu um coração
Porque é no circo que a vida eu ganho E não me acanho de assim dizer Tenho até orgulho de ser dessa vida Eu nasci no circo e de cabeça erguida Digo que no circo eu quero morrer
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositor: Zé Tapera e José FortunaPublicado em 2005 e lançado em 2005 (22/Ago)ECAD verificado fonograma #3093709 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM