("Conheci num povoado Um véio caboclo aleijado Com a farta de uma mão Perguntei do acontecida Isso foi grande castigo Pois eu só fez judiação
Eu desde pequenininho Sempre fui pros maus caminho Nunca tive compaixão Esta mão que tá fartando É de um pecado tirano Que nunca terei perdão")
Uma tarde no portão Minha mãe chamou atenção Não faça mais judiação Meu fio ocê anda errado
Pra que não mais continuasse E essa prosa terminasse Lhe dei dois tapa na face Foi meu úrtimo pecado
A infeliz cambaleando E com os zóio lagrimando Pouco a pouco foi fechando Ela quis me perdoá
Sua voz já não saiu Essa dor não resistiu A pobrezinha caiu Pra nunca mais levantá
Em soluço entrecortado Passei a noite acordado Sempre chorando a seu lado Sem ter mais consolação
Mas na hora da saída Enlutou a minha vida Ela deu a despedida Mas não pode dá o perdão
Fui perdendo o meu sentido E gritando arrependido Fiquei um louco varrido E garrei a machadinha
Vendo a mais triste desdita E com uma força esquisita Decepei a mão mardita Que matou minha mãezinha
Compositores: Joao Salvador Perez (Tonico) (ABRAMUS), Tulio Rady AlvarePublicado em 2005 (10/Mar) e lançado em 1998 (10/Mar)ECAD verificado obra #1545729 e fonograma #864632 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM