Num bar de Ribeirão Preto eu vi com meus olhos esta passagem Quando champanha corria a rodo, nas altas rodas da grã-finagem E logo chegou um peão trazendo na testa o pó da viagem Pediu uma pinga para o garçom, que era pra rebater a friagem Levantou o almofadinha e falou pro dono não tenho fé Quando um caboclo que não se enxerga, num lugar desses vem por os pés O senhor que é o dono da casa não deixe entrar um homem qualquer Principalmente nessa ocasião que está presente o rei do café Foi uma salva de palmas gritaram viva pro fazendeiro Que tem milhões de pés de café por este rico chão brasileiro O seu nome é conhecido lá no mercado dos estrangeiros Por tanto veja que este ambiente não é pra qualquer tipo rampeiro Com um modo muito cortês respondeu o peão pra rapaziada Esta riqueza não me assusta topo em aposta qualquer parada Cada pé do seu café eu amarro um boi da minha boiada Pra vocês tudo eu garanto que ainda sobra um boi na invernada Foi um silêncio profundo o peão deixou o povo mais pasmado Pagando a pinga com mil cruzeiro disse ao garçom pra guardar o trocado Quem quiser saber meu nome que não se faça de arrogado È só chegar lá em Andradina e perguntar pelo rei do gado
Compositor: Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) (UBC)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2015 (30/Dez) e lançado em 2014 (10/Jan)ECAD verificado obra #6823 e fonograma #12093479 em 28/Out/2024 com dados da UBEM