Viaja não "fí". Sente essa parada Duckjay Sugestão pra ser o vilão e não me interessa Cicatrizes das suas mãos Pouco já comovem suas lagrimas em vão Se tudo que tem "né" custo do seu suor pelo chão
Há
Meu corpo arrepia só em pensar em ver, como entender Quanto vai valer à vida que eu quero vender, "hé" O tempo passa e "cê" nem ver E quando acordar vai ter que pagar por um novo amanhecer Não quero ser o rei do flow da favela Nenhuma figura da Globo com a música na novela E expor na tela a vida como eu queria ela Não a que eu vejo todo dia quando abro a janela
Hé
Sou mais um cantor de rap ao seu ver Que em pró de você quantas vezes vi o sol nascer Por vontade de escrever, ou tentando compreender O que você pensa, mas você não tenta me entender O Sol quente, o adolescente de chinela Na linha cinza da sociedade made in favela Calado, sangrando em frente ao desaforo "Pro" arrombado vim dizer que eu não posso ter um cordão de ouro Tudo que eu tenho é meu, pois papai não me deu Fugir da escola e aprendi sem colo que era eu Só pra provar que a música prevaleceu E o moleque que o rap matou ainda não morreu
Mais quando eu sonhei era bem pior Hoje acordei olhei ao redor Então eu notei, o quanto eu mudei Eu sei o que errei pra ti ver melhor Os caminhos que andei só eu sei de cor E não sangrarei pra você sentir dó E permanecerei, como a primeira vez por tudo que amei
Majestades caem, os castelos caem Tudo na vida vem, como a vida vai As máscaras caem, amigos se traem Tudo na vida vem, como a vida se vai
Hé
E que a missão caia sobre mim de novo Pra você tá "facim" ver o moleque assim esperançoso Fazer de hoje um bom dia virou uma guerra Mais como fugir da minha cela, se a minha favela tá nela Voltei aos 12 anos, lembrei mil fita Cortei o pé no vidro, correndo atrás de pipa Mais algo me dizia, vai lá não desista Não sei mais eu sabia o valor de um debica O objetivo de crescer acho normal De conhecer e reconhecer o profissional Mais eu componho meu momento sentimental Sem rótulo, Duckjay na pista porra foi mal Vou falar dessa rua sim e foda-se Pra você sentir como se estivesse aqui Não vou dizer que a minha quebrada é um estopim Mas fazer sorrir, quem vive aqui não é tão fácil assim A sua mente alienada não me representa não Nem aqui, nem na China dos anos noventa Eu vim da parte da guerra que a corda arrebenta E não adianta ter apenas uma .40 Favela é zika, balança mas não cai, há A verdade é outra piranhagem pra carai Quanto mais peso sucesso na quebrada Mais os moleque tá preso, até hoje ninguém fez nada Ô "mundim" pequeno de maldade sem tamanho Canta rap pro safado, que assalta a minha mãe E "pro cê" ver o que pode acontecer nesse rolê A gente pode até nem mais se ver
Majestades caem, os castelos caem Tudo na vida vem, como a vida vai As máscaras caem, amigos se traem Tudo na vida vem, como a vida se vai
Compositor: Luiz Fernando Correia da Silva (UBC)Editor: Sony Music Publishing Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2020 (22/Set) e lançado em 2016 (08/Jan)ECAD verificado obra #20541278 e fonograma #22660179 em 21/Abr/2024 com dados da UBEM