Alguém me diz que é normal ficar assim Sem um norte na visão Um caminho pra seguir
Acordo cansado todo dia Perdi noção e perspectiva Se em algum ponto errei Foi nele que fodi minha vida
Mas não to achando o caminho pra voltar Faz um tempo que não vejo meu futuro em paz Vai eu sei que em algum momento tudo fica em paz Só quero que mude pra que não seja no aqui jaz
Presta atenção você ai de cima que cuida de tudo Eu sei que é ocupado ou de repente eu sou nulo Mas todo mundo vive me incitando te chamar Eu já tentei algumas vezes Pelo jeito eu to no fim da fila E pelo jeito eu to no fim da fila
É tão difícil caminhar com os pés costurados Sob noites estreladas, procurando a razão Engolindo todas lágrimas de um mundo calado Mas entre todas essas falhas, eu sou a decepção Sou Pagliacci, eu sou Pagliacci Não há nada na cidade que me faça bem Sou Pagliacci, eu sou Pagliacci Sou a esperança que morreu nos olhos de alguém Hoje, serei Van Gogh brindando a certeza De que tudo que há Terra morre só Rasgo a tinta na garganta, pra pintar beleza No vazio pra me sentir melhor Acordei e vi pincéis manchados pelo medo Jogando dados com o diabo eu brinquei com a sorte Sempre flertei com a morte, já não é segredo Corri com as sirenes gritando "Foge, Bruno! Foge! " Sou a mudez de Pavarotti aos olhos de Steve E quando gritarem meu nome, já será o fim Mas antes de me perguntar por onde estive Pergunte a si por quantas vezes procurou por mim E já não contarei nos dedos quem cortou meus pulsos Pois, hoje, eu serei Van Gogh eternizando a ilusão De quem acordou sozinho, sangrando, no escuro Pintando com o próprio sangue mil quadros no chão
Compositores: Fabio Faustino Vieira (Tuono), Bruno Diego Silva de Moura ECAD: Obra #29717647