Tuono
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Indignado (part. Lacruz)

Tuono


Alguém me diz que é normal ficar assim
Sem um norte na visão
Um caminho pra seguir

Acordo cansado todo dia
Perdi noção e perspectiva
Se em algum ponto errei
Foi nele que fodi minha vida

Mas não to achando o caminho pra voltar
Faz um tempo que não vejo meu futuro em paz
Vai eu sei que em algum momento tudo fica em paz
Só quero que mude pra que não seja no aqui jaz

Presta atenção você ai de cima que cuida de tudo
Eu sei que é ocupado ou de repente eu sou nulo
Mas todo mundo vive me incitando te chamar
Eu já tentei algumas vezes
Pelo jeito eu to no fim da fila
E pelo jeito eu to no fim da fila

É tão difícil caminhar com os pés costurados
Sob noites estreladas, procurando a razão
Engolindo todas lágrimas de um mundo calado
Mas entre todas essas falhas, eu sou a decepção
Sou Pagliacci, eu sou Pagliacci
Não há nada na cidade que me faça bem
Sou Pagliacci, eu sou Pagliacci
Sou a esperança que morreu nos olhos de alguém
Hoje, serei Van Gogh brindando a certeza
De que tudo que há Terra morre só
Rasgo a tinta na garganta, pra pintar beleza
No vazio pra me sentir melhor
Acordei e vi pincéis manchados pelo medo
Jogando dados com o diabo
eu brinquei com a sorte
Sempre flertei com a morte, já não é segredo
Corri com as sirenes gritando
"Foge, Bruno! Foge! "
Sou a mudez de Pavarotti aos olhos de Steve
E quando gritarem meu nome, já será o fim
Mas antes de me perguntar por onde estive
Pergunte a si por quantas vezes procurou por mim
E já não contarei nos dedos
quem cortou meus pulsos
Pois, hoje, eu serei Van Gogh
eternizando a ilusão
De quem acordou sozinho, sangrando, no escuro
Pintando com o próprio sangue
mil quadros no chão

Compositores: Fabio Faustino Vieira (Tuono), Bruno Diego Silva de Moura
ECAD: Obra #29717647

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