Eis a resposta de tua carta que me veio maltratar, Tens a certeza, sabes bem que és a luz do meu olhar, Não me perdoas o retrato que era teu e que rasguei, Crê, é mentira, foi ciúme, teu retrato conservei. Eu sei que muito vou sofrer por enganar-te, meu amor. Quem ama sofre e tem ciúme até mesmo de uma flor. Que não te esqueças quem jurou ser teu, só teu de mais ninguém. É o pedido que te faço lindo bem.
II
Amor, sempre te amei, Não deves duvidar que a alma te dei. Vem, vem, vê que a sofrer, Minh’alma está por ti Por ti querer. És uma ingrata, quero morrer, Sofrendo assim, p’ra que viver? Escreva sempre, mesmo a zombar... Não importarei, que me maltrates por te amar.
I
Em tua carta me dizias ser injusto e não te amar, És uma ingrata, uma maldosa, vives sempre a simular... Desde criança já na infância, prometias mas... em vão... Que era meu que me entregavas todo inteiro o coração... O tempo passa e envelhecendo nossas almas, lembra bem
D’aqui há anos já velhinhos partiremos para o além, E se na terra o matrimônio que te peço, não tiver. No céu te esposo, porque Deus assim o quer.
Compositor: Antonio Vicente Felippe Celestino (Vicente Celestino) ECAD: Obra #233277