tire o seu piercing do caminho que eu quero passar com a minha dor 2X
pra elevar minhas idéias não preciso de incenso eu existo porque penso tenso por isso insisto são sete as chagas de cristo são muitos os meus pecados satanás condecorado na tv tem um programa nunca mais a velha chama nunca mais o céu do lado disneylândia eldorado vamos nós dançar na lama bye bye adeus gene kelly como santo me revele como sinto como passo carne viva atrás da pele aqui vive-se à mingua não tenho papas na língua não trago padres na alma minha pátria é minha íngua me conheço como a palma da platéia calorosa eu vi o calo na rosa eu vi a ferida aberta eu tenho a palavra certa pra doutor não reclamar mas a minha mente boquiaberta precisa mesmo deserta aprender aprender a soletrar
Refrão
não me diga que me ama não me queira não me afague sentimento pegue e pague emoção compre em tablete mastigue como chiclete jogue fora na sarjeta compre um lote do futuro cheque para trinta dias nosso plano de seguro cobre a sua carência eu perdi o paraíso mas ganhei inteligência demência felicidade propriedade privada não se prive não se prove dont't tell me peace and love tome logo um engov pra curar sua ressaca da modernidade essa armadilha matilha de cães raivosos e assustados o presente não devolve o troco do passado sofrimento não é amargura tristeza não é pecado - lugar de ser feliz não é supermercado
Refrão
o inferno é escuro não tem água encanada não tem porta não tem muro não tem porteiro na entrada e o céu será divino confortável condomínio com anjos cantando hosanas nas alturas onde tudo é nobre e tudo tem nome onde os cães só latem pra enxotar a fome todo mundo quer quer quer subir na vida se subir ladeira espere a descida se na hora "h"o elevador parar no vigésimo quinto andar der aquele enguiço - sempre vai haver uma escada de serviço
Refrão
todo mundo sabe tudo todo mundo fala mas a língua do mudo ninguém quer estudá-la quem não quer suar camisa não carrega mala revólver que ninguém usa não dispara bala casa grande faz fuxico quem leva fama é a senzala pra chegar na minha cama tem que passar pela sala quem não sabe dá bandeira quem sabe que sabia cala liga aí porta-bandeira não é mestre-sala e não se fala mais nisso mas nisso não se fala
Refrão
Compositor: Zeca BaleiroPublicado em 1999 (02/Jul)ECAD verificado fonograma #36106 em 14/Abr/2024 com dados da UBEM