Tarde da noite ouço vozes pela rua São os boêmios que regressam a cantar Em versos tristes dão adeus a luz da lua E a madrugada não demora pra chegar
Como não posso dominar minha vontade Abro a janela e tenho mesmo que olhar A boa esposa que jurou-me lealdade Entre os boêmios vejo agora a caminhar
Meus olhos tristes e já cansados de chorar Mais uma vez vão contemplar A sua estrela já sem luz E vai em busca de mais prazer e vaidade Enquanto eu com humildade Vou carregando a minha cruz
Se é destino, que destino mais tirano Que o mal caminho ensinou a quem eu quis Dessa união agora resta o desengano E a certeza que jamais serei feliz
Não compreendo porque fui tão judiado Tive tão pouco pelo muito que lhe fiz Embora tenho o coração despedaçado Não a condeno, Deus será o seu juiz
Meus olhos tristes e já cansados de chorar Mais uma vez vão contemplar A sua estrela já sem luz E vai em busca de mais prazer e vaidade Enquanto eu com humildade Vou carregando a minha cruz
Compositores: Gerson Coutinho da Silva (Goia), Jose Dionisio de Freitas (Ze Dionisio) ECAD: Obra #2002493 Fonograma #19244846